O corpo negro é uma suposição teórica utilizada no estudo de física quântica.
Quando dizemos que um determinado corpo é de certa cor, estamos na realidade dizendo que de todo o espectro luminoso que incide nele, ele apenas reflete aquela determinada cor. Se por exemplo dizemos que a relva é verde, o que queremos na verdade dizer é que ela reflete toda a radiação luminosa na freqüência do verde que incide nela e absorve todas as outras freqüências de radiação. Se no caso da relva por exemplo, utilizarmos uma luz monocromática vermelha para iluminá-la, ela nos parecerá negra, pois não existe radiação refletida. Baseando-se nesta idéia, é que cientistas apareceram com a idéia de um corpo negro, ou seja, o corpo absorve toda a radiação que sobre ele incide. Daqui podemos ter uma idéia mais ou menos do porquê de uma camisa preta não ser muito utilizada em um dia de muito Sol, já que superfícies deste tipo chegam a absorver mais de 90% da radiação incidente, e camisas brancas refletem praticamente toda a radiação sobre elas incidente, mantendo-se então a uma temperatura inferior. Teoricamente, podemos considerar um corpo negro como um perfeito emissor de radiação, o qual a uma dada temperatura iria emitir o máximo de energia disponível de um corpo radioativo em qualquer comprimento de onda.
Apesar de um corpo negro ideal não existir, podemos utilizar o seguinte esquema para obter um corpo negro artificial:
Utilizando um corpo com uma certa cavidade interna e um furo muito fino que permita a comunicação da cavidade com o exterior, podemos incidir uma radiação qualquer neste orifício, radiação a qual entrará na cavidade e ficará sendo refletida interiormente e conseqüentemente absorvida pelo corpo, aquecendo-o.
Neste caso temos um corpo que absorve toda a radiação nele incidente.